Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, foi homenageado na Câmara Municipal nesta segunda-feira.
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio recebeu, nesta tarde de segunda-feira (12), na Câmara Municipal, a medalha Pedro Ernesto, considerada maior comenda da cidade do Rio de Janeiro.
“Esse não é nosso objetivo. Recebo com muita honra. Agradeço essa gentileza. Vejo como um incentivo”, disse o magistrado.
A homenagem foi prestada pelo vereador Otoni de Paula (PSC). Em suas redes sociais, o vereador escreveu que a comenda será entregue ao “homem que prendeu (Sérgio) Cabral e sua quadrilha. O Moro do Rio. O terror aos corruptos do Rio de Janeiro”, explicou. Otoni de Paula Junior está em seu primeiro mandato. O vereador é pastor evangélico.
Bretas afirma que conheceu o autor da homenagem nesta segunda. Ele afirmou que o judiciário não está perseguindo algum grupo político.
‘Ditadura da honestidade’
“O Judiciário está numa cruzada. Não contra grupos políticos mas contra a corrupção. O poder Judiciário tem um papel muito importante e não pode abrir mão dele. Eventualmente encontraremos ainda alguns percalços. Não é importante o saldo bancário de um acusado. Decisões, não estou dizendo que já foram, não serão tomadas em resorts, restaurantes caros. A Justiça não pode ter tendência política. A Justiça tem que ser dura. As instituições não erram, não pecam, não se corrompem. As pessoas se corrompem”.
“Nós defendemos a ditadura da honestidade. Dessa não abrimos mão. A 7ª Vara Federal é igual a outras. Assumimos um compromisso na 7ª Vara, não de punir pessoas, mas de punir a corrupção. Independente da cor da pele ou do contracheque”, acrescentou o juiz.